A autarquia de Vila Real de Santo António adiantou este número numa nota, em que também anunciou que o presidente da Câmara, Luis Romão, juntamente com os homólogos de Castro Marim e Tavira, se tinha reunido hoje com o secretário de Estado da Conservação da Natureza, João Catarino, para fazer um balanço do incêndio, que só foi dado como dominado na tarde de terça-feira.
O fogo teve início cerca da 01:00 de segunda-feira em Perneira, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e alastrou depois a Vila Real de Santo António e Tavira.
Segundo dados do programa Copernicus da União Europeia hoje divulgados, o fogo de Castro Marim provocou um total de 5.957 hectares em área ardida, afetando ainda 163 edifícios e 2.774 hectares de áreas agrícolas.
“De acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas [ICNF], a área ardida no concelho de Vila Real de Santo António ascende aos 1.840 hectares, o que levou o município a criar uma equipa de trabalho para avaliar os prejuízos e definir as medidas de apoio à população afetada”, lê-se na nota da Câmara de Vila Real de Santo António agora divulgada.
A autarquia adiantou ainda que a equipa de trabalho vai “avaliar os prejuízos e definir as medidas de apoio à população afetada” e realizou a primeira reunião hoje, para analisar “as perspetivas de recuperação e as estratégias de auxílio para pessoas e empresas que viram os seus bens destruídos ou atingidos pelo fogo”.
O município sublinhou também que a tutela da Agricultura já autorizou os produtores afetados a ”reportar os prejuízos resultantes do incêndio, nas instalações ou no 'site' da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve [DRAP Algarve]”.
Esta entidade, segundo a autarquia, vai fazer “o levantamento dos danos causados nas explorações agrícolas”.
O município indicou igualmente que o encontro com a secretaria de Estado, do qual não avançou mais detalhes, se realizou na sede da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António e contou com os presidentes das três câmaras do distrito de Faro afetadas pelo incêndio, que chegou a ser combatido por cerca de 600 operacionais, com mais de 200 veículos e nove meios aéreos.
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