“Temos três incêndios ativos, todos eles descontrolados, sem meios suficientes, e não há previsão de meios para aqui”, afirmou Hugo Silva à agência Lusa, referindo-se a operacionais e a meios aéreos.
Num ponto de situação feito pelas 08:30, o responsável disse que foi pedido um reforço de meios, mas estes “não estão disponíveis”.
“E a situação de hoje é muito mais grave do que a de ontem, porque a área ardida é extensa, há frentes a arder livremente sem meios de combate, sem meios para pôr no terreno, e os meios que cá estão já estão cá há mais de 24 horas em trabalho”, afirmou.
Hugo Silva frisou ainda que a prioridade dos bombeiros no terreno é o combate “junto às casas”.
Os incêndios lavram desde segunda-feira neste concelho de Vila Pouca de Aguiar e foram progredindo ao longo do dia em Bornes de Aguiar, Telões e Vreia de Jales.
O comandante descreveu situações mais preocupantes devido à proximidade do fogo nas aldeias de Vila Meã, onde se verificam muitas reativações, e ainda em Outeiro, Souto, Tourencinho e Zimão.
De acordo com o responsável, o incêndio que deflagrou em Vreia de Jales já progrediu para o município vizinho de Vila Real e o de Telões para Ribeira de Pena.
Hugo Silva salientou como grande dificuldade no combate a estes fogos, além da falta de meios, o vento forte que se faz sentir.
“Com a entrada do dia vai-se tudo agravar”, salientou.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 08:45 estavam mobilizados em Vreia de Jales 85 operacionais e 22 viaturas, em Bornes de Aguiar 62 operacionais e 22 viaturas e em Telões quatro homens e uma viatura.
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