“Custa-nos a compreender que esse capítulo não seja divulgado”, disse Domingos Xavier Viegas aos jornalistas, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, frisando que a parte do relatório que não foi revelado pelas autoridades abrange “muitas lições” para o futuro, “positivas e negativas”.
Na sua opinião, “era de toda a justiça para o país saber o que se passou”, tal como relatado nesse capítulo do documento, apesar de “os factos que lá estão narrados” serem “já são do conhecimento público”.
A equipa de Xavier Viegas realizou o trabalho, entregue ao Governo há um mês, sobre a tragédia de 17 de junho, que atingiu concelhos dos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco, mas “as autoridades têm do direito de decidir o quiserem” sobre a sua divulgação total ou parcial, ressalvou o investigador.
Domingos Xavier Viegas é presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UC, cujo Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais funciona na Lousã, junto ao aeródromo da Chã do Freixo.
Ao longo de dezenas de páginas do relatório, não divulgadas, são referidas situações “positivas e negativas”, havendo “até louvores a dar”, salientou o principal autor do documento.
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