“Podemos considerar grande parte do perímetro em consolidação, salvo dois ou três pequenos reacendimentos que estão a ser trabalhados com o apoio importante dos meios aéreos e que consideramos que estão a ceder favoravelmente aos meios”, afirmou Miguel Fonseca, num ponto de situação feito pelas 13:00.
O responsável acrescentou estar “com boas expectativas para o período da tarde”, até porque, apesar da subida da temperatura, o vento vai-se manter com a mesma intensidade e com a mesma direção, até cerca das 18:00, o que permite “dar algum conforto no planeamento”.
“Temos mais de 90% do perímetro em consolidação, salvo estas duas reativações. Não temos nenhuma frente ativa, são apenas reativações localizadas”, referiu Miguel Fonseca.
O comandante explicou que há já equipas preposicionadas para ações de vigilância e, se for preciso, uma rápida intervenção para um reforço de consolidação.
Durante a manhã estiveram 11 meios aéreos neste teatro de operações, que não atuaram em simultâneo, a dar apoio aos trabalhos em terra.
E se as condições meteorológicas se mantiverem e for possível cumprir o planeamento dos meios, Miguel Fonseca disse acreditar que, até ao final da tarde, “se poderá dar o incêndio como dominado”.
Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo mobilizava, pelas 14:00, 457 operacionais e 139 viaturas e nove meios aéreos.
“Os meios vão manter-se no local, vamos reforçar durante a tarde, até porque é sempre um período com alguma perigosidade e que nos preocupa. Vamos reforçar com meios do distrito de Vila Real”, salientou.
Explicou que o dispositivo está distribuído no terreno tendo em conta, efetivamente, a “leitura e a interpretação dos pontos quentes e os possíveis locais de reativação”.
“Os próprios meios aéreos atuam de imediato este trabalho”, acrescentou, referindo que “estão identificados os pontos mais sensíveis”.
E, referiu, se não se verificarem outras ocorrências que exijam a retirada de meios operacionais de Vila Pouca de Aguiar, será “mantido sempre um apoio aéreo permanente até ao fim do dia”.
A este concelho do distrito de Vila Real chegaram meios de reforço de bombeiros provenientes de vários locais do país, como Lisboa, Coimbra, Viseu e Aveiro. No terreno estão sapadores florestais, militares da GNR, Proteção Civil distrital e municipal, bem como do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O alerta para este fogo foi dado às 17:14 de quarta-feira, em Revel, e, em pouco tempo, verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que teve uma progressão muito rápida em zona de pinhal e chegou a avançar em três frentes.
Este é o segundo grande incêndio numa semana neste concelho. O fogo que deflagrou no dia 17 de julho, em Cortinhas, Murça, evoluiu para Vila Pouca de Aguiar e queimou uma vasta área de pinhal e mato, ainda soutos, vinha e pastos.
“Estas duas últimas semanas têm sido complexas e de bastante trabalho. Todas a várias entidades que acorrem para o dispositivo de combate a incêndios rurais têm tido bastante trabalho no distrito, e não só, mas isto desgasta-nos um bocadinho e daí a importância destes teatros de operações de grande dimensão serem reforçados com meios externos”, apontou Miguel Fonseca.
O distrito já registou incêndios em Chaves, Murça, Vila Pouca de Aguiar e Alijó.
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