“No ano que passou, 2022, como aqui já foi dito, nós tínhamos a expectativa de combatermos os incêndios e em 90% dos casos termos a capacidade de os debelar em 90 minutos e conseguimos em 90,8% [das ocasiões], ou seja, ultrapassamos a melhor previsão dos 90%”, disse.
Além disso, lembrou, a previsão do tempo de despacho dos meios era de um minuto e 20 segundos, mas conseguiu-se alcançar “55 segundos, ou seja, menos de metade do que aquilo que já era uma boa previsão”.
O ministro da Administração Interna, que falava no decorrer da cerimónia de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) na região do Alentejo, em Gavião (Portalegre), revelou também que as autoridades tinham em 2022 previsto um tempo de chegada com um primeiro meio ao teatro de operações em “cerca de 20 minutos”, tendo-se conseguido alcançar “16 minutos”.
“Tínhamos previsto um tempo médio até à primeira resolução de mais ou menos de 90 minutos e conseguimos uma média de 62 minutos e tínhamos previsto uma percentagem de reacendimentos de 5% e conseguimos 4,8%”, sublinhou.
José Luís Carneiro comparou ainda os meios de combate a incêndios que estavam disponíveis em 2018 em relação aos deste ano, indicando que em 2018 o dispositivo contava com “10.767 elementos” e agora, no período mais exigente, terá “13.891” elementos.
“Tínhamos, em 2018, 2.303 veículos, vamos ter agora, no período mais exigente, 2.990 veículos. Tínhamos, em 2018, 55 meios aéreos e, na pior das hipóteses gostaríamos de ter 60, como tivemos no ano que passou, mas estamos a trabalhar com a Defesa Nacional e a Força Aérea para termos mais meios aéreos”, disse.
Ou seja, reforçou, existem “mais meios materiais, mais meios humanos, mais meios financeiros, mais meios orçamentais”, além de mais conhecimento e partilha de responsabilidade e maior cooperação.
“Mas, é evidente que nada dispensa o envolvimento de todas as comunidades locais, de todos os cidadãos para atitudes e comportamentos de grande responsabilidade”, acrescentou.
De 1 de julho até 30 de setembro – ‘nível delta’, a fase considerada mais crítica de incêndios e que mobiliza o maior dispositivo -, o DECIR da região Alentejo vai contar com 1.369 operacionais, 194 equipas, 360 veículos e 10 meios aéreos.
Os centros dos meios aéreos vão ficar sediados em Beja, Ourique, Moura (Baixo Alentejo), Évora (Alentejo Central), Ponte de Sor, Portalegre (Alto Alentejo) e Grândola (Alentejo Litoral).
No período de 1 a 30 de junho, o DECIR a nível nacional vai contar no terreno com 11.761 operacionais, que integram 2.550 equipas e 2.585 viaturas dos vários agentes.
Em relação ao mesmo período do ano passado, há mais 1.108 operacionais, mais 26 equipas e mais 158 veículos.
Os meios de combate voltarão a ser reforçados em 1 de julho, e até 30 de setembro, estando este ano em prontidão 13.891 operacionais, 3.084 equipas, 2.990 veículos, além dos 72 meios aéreos previstos.
Os operacionais envolvidos este ano no dispositivo de combate aos incêndios rurais aumentaram 7,5% em relação a 2022.
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