“Esperamos que até sábado o incêndio possa ser dado como extinto, mas, mesmo sem o incêndio estar extinto, já temos um local onde é possível fazer a reflorestação. Temos já no próximo sábado uma ação de voluntariado. Tem havido muita gente a querer ajudar”, informou o presidente do executivo.
O autarca avançou que a ação irá decorrer a partir das 09:30 de sábado perto do Núcleo de Interpretação da Duna da Cresmina, num “terreno arenoso”.
De acordo com Carlos Carreiras, logo que o incêndio seja dado totalmente como extinto pelas autoridades responsáveis irão começar as ações de limpeza dos terrenos.
“Em primeiro lugar vamos começar as ações de limpeza em que serão cortadas as árvores que estão queimadas. Ficarão no terreno porque é aconselhável ficarem como contenção das terras, por via das chuvas que se preveem que aí venham, serão colocadas nas linhas das curvas de nível, cumprindo as orientações técnicas de quem é competente nesta matéria”, explicou o autarca.
Segundo o presidente do executivo, a reflorestação do Parque Natural de Sintra-Cascais será feita através das espécies que estão no “banco genético vegetal do município”.
“Vamos usar o que criámos no nosso banco genético vegetal. Já serviu para sermos solidários com outros municípios do país, mas agora chegou a vez de o usarmos no próprio concelho de Cascais. O banco tem todas as espécies autóctones do parque natural”, disse.
Para a reflorestação, o município admite ainda recorrer à “contratação de equipas” para que as ações de reflorestação se desenvolvam com a maior brevidade, em articulação com as equipas do município e os “voluntários que já se mostraram disponíveis”.
A informação foi dada durante uma conferência de imprensa, nos Paços do Concelho em Cascais, distrito de Lisboa, depois de um ponto de situação das operações de rescaldo que ainda decorrem no Parque Natural de Sintra-Cascais.
Para a autarquia, é “importante aproveitar a energia positiva transmitida”, respondendo o Estado através do poder local “de uma forma efetiva em todas as frentes”.
O incêndio deflagrou no sábado, na Peninha, na serra de Sintra, distrito de Lisboa, e alastrou depois ao concelho de Cascais. Foi dominado pelas 10:45 de domingo.
O fogo provocou 21 feridos ligeiros, entre os quais dez operacionais e um civil que foram levados para o hospital e dez bombeiros que foram assistidos no local e regressaram ao combate ao incêndio.
Cerca de 300 pessoas foram retiradas do parque de campismo da Areia, e outras 47 foram levadas de suas casas, localizadas em toda a área do fogo, nomeadamente nas localidades de Biscaia, Almoinhas Velhas e Figueira do Guincho.
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