"Gostaria de não comentar uma afirmação tão ligeira de um tão ilustre jurisconsulto", afirmou inicialmente Teixeira dos Santos ao deputado Paulo Sá, mas acabou por declarar que Eduardo Paz Ferreira "não tem o direito" de proferir uma afirmação de tal tom.
Paulo Sá referia-se às palavras do antigo presidente do conselho fiscal da CGD que, em 03 de abril, considerou que os vários governos não davam uma resposta "muito evidente" sobre os alertas deixados à tutela.
Os governos "teriam uma ideia de 'deixar correr a ver se se aguenta'", considerou o anterior responsável do conselho fiscal do banco público, na sua audição na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão à CGD.
Para Teixeira dos Santos, Eduardo Paz Ferreira fez uma "afirmação gratuita e sem fundamento".
"Lamento que o doutor Paz Ferreira se preste a fazer declarações com essa ligeireza", adiantou, dizendo que o antigo responsável pelo conselho fiscal "não sabe o que o Ministério das Finanças fez ou fazia em relação a isso".
Fernando Teixeira dos Santos acrescentou que Eduardo Paz Ferreira "nunca fez nenhum alerta em relação às operações" que deram grandes prejuízos para o banco público.
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