“A solução para todo este conflito é o fim da guerra em Gaza”, frisou Hosein Amir Abdolahian, em entrevista ao jornalista Fareed Zakaria no Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça).
“A segurança do mar Vermelho está ligada ao que acontece em Gaza e todos sofrerão se os crimes de Israel na Faixa não pararem”, acrescentou o chefe da diplomacia iraniana.
Hosein Amir Abdolahian alertou que “todas as frentes continuarão ativas”, em referência aos rebeldes Houthis, mas também aos repetidos ataques das milícias pró-iranianas no Iraque contra as posições dos EUA no país e na Síria, além dos confrontos entre o Hezbollah e Israel.
Abdolahian garantiu que a guerra não é a resposta e culpou o primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, pela atual crise.
“Netanyahu acredita que a guerra é a solução. Se os EUA deixarem de apoiar Israel, Netanyahu não conseguirá manter a guerra nem durante 10 minutos”, frisou.
O Irão lidera o chamado “eixo de resistência”, uma aliança informal formada por organizações como o Hezbollah libanês, os rebeldes Huthis do Iémen e os movimentos palestinianos Hamas e Jihad Islâmica, entre outros grupos.
Teerão comemorou o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que causou 1200 mortos, e desde então tem alertado repetidamente sobre a possibilidade dos seus aliados abrirem outras frentes de combate caso não terminem as ofensivas israelitas em Gaza, onde já morreram mais de 24 mil palestinianos, segundo dados das autoridades do enclave.
O Irão disparou na segunda-feira mísseis contra o norte da Síria e Iraque visando o grupo Estado Islâmico, em retaliação ao recente duplo atentado à bomba em território iraniano, reivindicado pelos ‘jihadistas’.
Entre os seus alvos, a Guarda Revolucionária iraniana reivindicou um ataque à suposta sede da Mossad, a agência de informações israelita, na região curda do Iraque e na terça-feira visou posições no Paquistão que afirma serem bases do grupo ‘jihadista’ Jaish al-Adl (“Exército da Justiça”, em árabe).
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