“Apesar de não existirem restrições legais à venda de mísseis balísticos, o Irão está moralmente obrigado a abster-se de realizar transações de armamento no conflito da Rússia e Ucrânia para evitar agravar a guerra”, indicou a missão permanente do Irão junto da ONU numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
“Isto está incluído na adesão do Irão à lei internacional e à Carta das Nações Unidas”, acrescentou a missão diplomática.
Diversos ‘media’ internacionais têm denunciado que o Irão vendeu pelo menos 400 mísseis à Rússia, país que nos últimos anos se converteu num dos principais aliados de Teerão.
Face às informações sobre a potencial venda de mísseis iranianos, os Estados Unidos advertiram o Irão que o fornecimento deste tipo de armamento à Rússia implicaria uma resposta internacional “rápida e severa”, e acrescentou que nos próximos dias seriam impostas mais sanções ao país.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (presidência norte-americana), John Kirby, explicou não poder confirmar as informações surgidas em ‘media’ internacionais que garantiam o fornecimento de mísseis balísticos iranianos ao Governo do Presidente Vladimir Putin, apesar de admitir não estranhar que tenha ocorrido.
Os países ocidentais têm acusado o Irão de fornecer ‘drones’ (aparelhos não tripulados) de ataque à Rússia no decurso do atual conflito com a Ucrânia, uma sugestão também negada por Teerão.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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