O “favorecimento simbólico e financeiro da Igreja Católica toma formas pontuais”, como a Jornada Mundial de Juventude (JMJ), que decorre de terça-feira a domingo, em Lisboa, e “formas mais sistemáticas, como a existência de ‘Educação Moral e Religiosa Católica’ na escola pública, a proteção do ‘segredo eclesiástico’ ou as isenções fiscais de que beneficiam as instituições católicas”, lê-se num comunicado da associação.
A associação, que já tinha criticado os gastos com o altar-palco da jornada, alertou ainda que o “favorecimento sistemático de uma comunidade religiosa é incompatível com a Constituição de 1976, e a laicidade do Estado só será concretizada se se revogar a Concordata”.
Só dessa forma se poderá “caminhar para a igualdade de tratamento entre comunidades religiosas e para a igualdade entre cidadãos de diferentes opções”, concluiu a associação República e Laicidade, que lançou uma petição na Internet que, num dia, recolheu 256 assinaturas.
Para ser admitida no parlamento, as petições têm de ser subscritas por um mínimo de 1.000 cidadãos, sendo publicada na íntegra no Diário da Assembleia da República. Se for subscrita por mais de 7.500 cidadãos, já é apreciada pelos deputados em plenário da assembleia.
A JMJ realiza-se de terça-feira a domingo, chegando o Papa Francisco à capital portuguesa na quarta-feira.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
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