“A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e o Sindicato dos Jornalistas condenam a usurpação do bom nome coletivo dos Jornalistas e apelam às autoridades competentes, nomeadamente à Procuradoria-Geral da República e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que investiguem e fiscalizem as condutas e os grupos que promovam a desinformação”, lê-se numa nota hoje divulgada.
Segundo a comissão e o Sindicato dos Jornalistas (SJ), “o jornalismo tem um papel fundamental no Estado de direito e o seu compromisso é com a (busca da) verdade”, lembrando que “a Constituição assegura o direito dos jornalistas às fontes de informação e à proteção da sua independência”.
“A independência é um valor fundamental do jornalista e o primeiro garante da veracidade da informação que produz”, reforçam.
A liberdade de expressão exige um nível de responsabilidade acrescido e uma maior literacia mediática, que possibilite a cada cidadão distinguir o tipo de informação que consome, acrescenta a nota do SJ, observando que “produzir informação não é fazer jornalismo e, por si só, não faz do produtor de informação um jornalista”.
Neste contexto, alerta-se para a “a proliferação de meios e formas de comunicação no meio digital que se apresentam como sendo órgãos jornalísticos não o sendo e que transmitem informação não verificada, sem fundamento científico e/ou sem qualquer independência face a interesses nunca revelados, porque nada os obriga a isso”.
A nota sustenta ainda que “o jornalismo é a marca de água que distingue informação de desinformação, o contraste que autentica os factos face às falsificações que o contexto das redes sociais promove, não obstante o esforço de algumas em conter a pandemia da desinformação”.
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