"O deputado José Silvano é o novo secretário-geral do PSD e começará a exercer funções de imediato no partido. Esta nomeação deverá ser ratificada na próxima Comissão Política Nacional, agendada para 28 de março, e, posteriormente, no Conselho Nacional do PSD", é referido num comunicado do partido.
José Maria Lopes Silvano é deputado na atual legislatura, cargo que já tinha desempenhado entre 1995 e 1999, ambas as vezes eleito pelo círculo de Bragança.
Advogado de 61 anos, natural de Vila Real, José Silvano foi apoiante de Rui Rio na campanha interna, presidiu à Câmara Municipal de Mirandela e liderou a distrital de Bragança do partido.
Em Mirandela, foi também presidente da Assembleia Municipal e presidiu ao Conselho de Administração de várias empresas locais e regionais.
De acordo com o comunicado do PSD, durante a sua passagem pela Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito, José Silvano foi vice-presidente da Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra, em 1982.
No PSD, foi vogal da Comissão Política Nacional social-democrata e membro do Conselho Nacional.
Na atual legislatura, integra a Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, da qual é vice-presidente, é coordenador do PSD na Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas e foi também o coordenador social-democrata no grupo de trabalho que alterou a lei do financiamento dos partidos e das campanhas eleitorais.
José Silvano é ainda membro da Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da “Estratégia Portugal 2030”.
De acordo com os estatutos do PSD, compete ao Conselho Nacional “eleger o substituto de qualquer dos titulares da Mesa do Congresso e da Comissão Política Nacional, com exceção do seu Presidente, no caso de vacatura do cargo ou de impedimento prolongado, sob proposta do respetivo órgão”.
Feliciano Barreiras Duarte anunciou no domingo, em comunicado, que apresentou a sua demissão de “forma irrevogável” ao presidente do partido, Rui Rio, depois de uma semana de notícias sobre irregularidades no seu currículo e uma alegada falsidade na morada que indicou no parlamento, considerando que os “ataques” de que estava a ser alvo o prejudicaram gravemente e à sua família, bem como a direção do PSD.
Esta é a primeira baixa na direção do novo presidente do PSD e acontece exatamente um mês depois do Congresso do partido, que se realizou entre 16 e 18 de fevereiro.
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