De acordo com uma nota divulgada no ‘site’ do Ministério Público (MP) em janeiro deste ano, o antigo padre foi acusado, em março de 2022, de quatro crimes de abuso sexual de crianças e um crime de atos sexuais com adolescente, tendo sido realizadas diligências para o localizar, em França e Portugal, que “resultaram infrutíferas”.
Entretanto, em fevereiro deste ano, o jornal 'online' Observador divulgou que o ex-sacerdote tentou entregar-se na Procuradoria-Geral da República, em Lisboa, mas acabou por não ser recebido pela Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, nem notificado formalmente da acusação do Ministério Público.
Anastácio Alves foi informado de que se deveria apresentar no Tribunal da Comarca da Madeira, a instância onde corre os termos do processo em que é acusado.
A juíza Carla Meneses reagendou hoje o início do julgamento para 12 de outubro de manhã e marcou uma segunda sessão para 16 de novembro, também na parte da manhã.
Depois de adiado o julgamento, o advogado do ex-sacerdote, Miguel dos Santos Pereira, disse aos jornalistas que o arguido não marcou presença no tribunal “para não causar alguma celeuma à entrada”, mas adiantou que se encontrava perto.
“O arguido veio e virá assim que a audiência se for realizar, que esperemos que seja agora no dia 12 de outubro às 09:15, e vai colaborar com a justiça”, assegurou.
O advogado acrescentou que “há uma parte que consta da acusação que, no entendimento do arguido e da defesa, não corresponde à verdade”, pelo que o depoimento de Anastácio Alves começará por aí.
“Ele virá cá assumir exatamente aquilo que entende que são os factos que ele possa ter praticado que estão menos corretos e é por aí que vamos começar”, afirmou Miguel dos Santos Pereira.
Em setembro de 2018, quando Anastácio Alves exercia funções em França, a Diocese do Funchal comunicou o seu afastamento da ação pastoral por suspeita de abuso sexual de um menor na região autónoma.
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