O Kremlin revelou hoje que não está preocupado com a possibilidade de detenção do presidente Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), durante a viagem na próxima semana à Mongólia, país membro do TPI.
"Não há preocupação. Mantemos um excelente diálogo com nossos amigos da Mongólia", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
Putin deve visitar a Mongólia na terça-feira, o que será a primeira viagem a um país signatário do Estatuto de Roma, tratado internacional que estabeleceu o TPI, desde que o tribunal emitiu o mandado de prisão em 2023.
O presidente russo é acusado de crimes de guerra pela "deportação" de crianças ucranianas nos territórios ocupados pela Rússia após o início da ofensiva na ex-república soviética, em fevereiro de 2022. O Kremlin rejeita as acusações.
O Estatuto de Roma estipula que cada Estado-membro que tenha recebido uma solicitação "adopte imediatamente as medidas necessárias para a detenção" do indivíduo procurado e que este seja levado "sem demora à autoridade judicial competente do Estado de detenção".
A Mongólia, que fica entre a Rússia e a China, assinou o Estatuto de Roma em 2000, antes de ratificá-lo em 2002.
O presidente russo não compareceu à cimeira dos Brics na África do Sul em agosto de 2023 e ao encontro do G20 na Índia, um mês depois.
Putin viajou à China em maio deste ano, visitou a Coreia do Norte em junho e o Azerbaijão este mês, países que não são membros do TPI.
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