Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa confirmou à Lusa que a recolha do corpo foi efetuada quando já estava a decorrer o velório, na Igreja de Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa.
“Confirmo essa situação. O DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa ordenou a recolha do corpo para autopsia no Instituto de Medicina Legal”, afirmou.
Segundo a mesma fonte, a situação "foi desconfortável”, mas teve que ser cumprida.
“Dizer que é uma situação muito sensível é pouco e foi difícil de gerir. Foi desconfortável, mas teve de se cumprir. As pessoas estavam desagradadas com a situação, o que é natural, mas não houve problemas de maior”, disse a PSP.
Fonte do Comando Nacional da PSP também confirmou à Lusa que o corpo foi recolhido durante o velório, explicando que se tratou de cumprir um “procedimento obrigatório”.
O Ministério Público ordenou igualmente a autópsia ao corpo da outra vítima mortal, o que originou que a data das cerimónias fúnebres tivesse de ser alterada, disse à Lusa fonte da família.
Na segunda-feira, o Ministério Público tinha informado que estava a recolher elementos e que não deixaria de investigar “qualquer indício de crime de que tenha conhecimento”.
As autoridades de saúde indicaram hoje que o surto de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, entrou numa fase descendente, havendo indícios de que as medidas corretivas já estão a surtir efeito.
Em conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, estimou que o surto, que já provocou duas vítimas mortais, esteja a entrar numa fase com menos casos por dia, adiantando que hoje apenas foi confirmado um novo caso e que outro está em investigação.
Até ao momento, há 35 pessoas infetadas, cinco deles internadas em unidades de cuidados intensivos.
Graça Freitas indicou também que os resultados preliminares de análises colhidas após as medidas corretivas aplicadas no sistema de refrigeração indiciam um efeito positivo dessas medidas.
Também o ministro da Saúde destacou os "bons sinais" de que o surto "terá entrado numa curva descendente".
Adalberto Campos Fernandes considerou que os portugueses "têm condições para confiar no Serviço Nacional de Saúde, que respondeu com grande firmeza e competência".
O Presidente da República disse hoje ter sido informado pelo ministro da Saúde de que, segundo as últimas análises, "neste momento, não há traços ou sinais da existência de 'legionella'" no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Questionado se pensa que foi feito tudo o que era preciso, face à contaminação registada naquele hospital público, e se os portugueses podem estar descansados, o chefe de Estado respondeu: "Daquilo que eu sei, e soube há pouco pelo senhor ministro da Saúde, as últimas análises que foram feitas dão negativas".
[Notícia atualizada às 21:23]
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