“Face à forte intempérie que atingiu a região Centro do país, no fim de semana, a Águas da Figueira viu-se confrontada com uma situação, à qual foi alheia, de cortes no fornecimento pontual de água a alguns setores da população, principalmente devido a cortes de energia elétrica. No entanto, informa que já restabeleceu por completo, e com a maior brevidade possível, esse abastecimento”, lê-se numa informação enviada à agência Lusa.
A empresa, “tendo em conta a falta de energia elétrica, está a recorrer à utilização de geradores, de forma a dar uma resposta rápida às necessidades dos munícipes da Figueira da Foz”.
“O forte temporal provocou também estragos em infraestruturas da Águas da Figueira, nomeadamente na Estação de Tratamento de Água de Vila Verde, que ficou significativamente danificada”, lamenta ainda a Águas da Figueira.
Em todo este processo, diz a empresa, “foi fundamental o trabalho realizado conjuntamente com a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em particular, com os Serviços Municipais de Proteção Civil”.
A Águas da Figueira sublinha o esforço conjunto com o município, o qual "permitiu rápida e eficazmente servir os interesses dos munícipes. Enquanto a situação não estiver totalmente normalizada na região, a empresa vai continuar a recorrer à utilização de geradores, de forma a evitar que a água volte a faltar nas torneiras”, explica ainda a informação.
O diretor-geral da Águas da Figueira, João Damasceno, lamentou também à Lusa os danos que a empresa sofreu, tanto em instalações de captação como de tratamento, mas elogiou o trabalho de todos, que tornaram possível um rápido restabelecimento da operação.
“Estamos com geradores e assim vamos continuar até ao regresso à normalidade. Estes geradores são suficientes para manter a operação ativa e assim será. Água não vai faltar na Figueira da Foz”, garantiu.
O responsável aplaudiu ainda a população da Figueira da Foz que se uniu para tentar ultrapassar os prejuízos.
Disse também que Águas da Figueira ainda não contabilizou os prejuízos decorrentes da passagem da tempestade, no fim de semana passado.
A passagem do furacão Leslie por Portugal, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
O distrito mais afetado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Na Figueira da Foz, uma rajada de vento atingiu os 176 quilómetros por hora no sábado à noite, valor mais elevado registado em Portugal, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Cerca de 60 mil clientes da região Centro continuavam ao fim da tarde de segunda-feira sem energia elétrica, devido à passagem da tempestade Leslie, menos dez mil do que ao final da manhã, anunciou a EDP Distribuição.
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