"Logo nas primeiras 24 horas, a Altice Portugal conseguiu recuperar cerca de 150 'sites' móveis, o que permitiu repor as comunicações móveis em muitos dos locais afetados", adianta a operadora liderada por Alexandre Fonseca, em comunicado.
"Já em relação aos clientes da rede fixa com serviços afetados são, atualmente, cerca de 39 mil, envolvendo comunicações de voz, internet e TV, dependendo estes de um trabalho de reconstrução de rede de fibra e cobre que está em curso e que tem avançado ao ritmo possível de acordo com as variáveis meteorológicas e de acessibilidade", refere a dona da Meo.
"Nas primeiras horas depois da tempestade, o levantamento efetuado pela Altice Portugal permitiu a identificação de mais de 70 mil clientes de serviço fixo afetados, ou seja, até ao momento foram repostos praticamente 50% dos serviços em cerca de sete concelhos, mais de uma centena de freguesias", acrescenta a operadora de telecomunicações.
A Altice Portugal adianta que uma das "principais preocupações" foi "instalar e disponibilizar equipamentos redundantes (VSAT) [telefone por satélite] que permitissem a comunicação por parte das instituições críticas. Situação esta que perdura e que foi alargada no território durante o dia de hoje", explicou.
A operadora de telecomunicações tem no terreno o mesmo número de operacionais, "que ascende a meio milhar", desde a prevenção da tempestade, e que estão a atuar em várias frentes para que "a reposição integral das telecomunicações possa acontecer o mais rapidamente possível, apesar das dificuldades meteorológicas, de acessibilidade no terreno, bem como a especificidade técnica necessária na substituição de equipamentos numa operação desta índole".
Coimbra, Aveiro, Leiria e Viseu são as zonas mais afetadas, recorda a Altice Portugal, apontando que "as falhas na distribuição de energia, assim como a danificação de infraestruturas, cabos e traçados, continuam a dificultar a reposição dos serviços".
"No sentido de garantir as comunicações às instituições críticas, a Altice Portugal mantém o seu gabinete de crise em permanente articulação e contacto com todas as autoridades e entidades chave no processo de retoma da normalidade das comunicações nas zonas afetadas, estando presente em todas as reuniões 'briefing' de comando na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), com o operador de distribuição de energia, no sentido de priorizar e monitorizar a sua reposição, bem como com os municípios, freguesias, bombeiros, IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] e demais autoridades que se encontram no teatro de operações", concluiu.
A passagem do furacão Leslie por Portugal, no sábado e domingo, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
O distrito mais afetado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo a ANPC.
Na Figueira da Foz, uma rajada de vento atingiu os cerca de 176 quilómetros por hora no sábado à noite, valor mais elevado registado em Portugal, de acordo com o IPMA.
Já a EDP Distribuição declarou no domingo o Estado de Emergência para o distrito de Coimbra, o mais grave previsto no seu plano de atuação, e admitiu recorrer a meios internacionais para reparar os danos causados pela tempestade tropical Leslie.
Mais de 70 mil clientes estavam sem energia elétrica hoje ao final da manhã.
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