As expectativas eram altas e o Livre acreditava que iria, finalmente, estar representado no Parlamento Europeu por, pelo menos, um eurodeputado, mas, em termos de mandatos, repetiu os resultados de 2014 e 2019.

Nestas eleições, o Livre obteve perto de 150 mil votos, 3,75% do total, ficando em 7.º lugar, atrás do PS, AD, Chega, IL, BE e CDU, e sem conseguir alcançar um mandato.

Fundado em 2014, o partido foi a eleições pela primeira vez nesse ano, também para o Parlamento Europeu, tendo alcançado 71.602 votos (2,18%). Cinco anos depois, ficou-se pelos 60.575 votos (1,83%), voltando a falhar a eleição de um eurodeputado.

O resultado obtido nas eleições de domingo representa, em termos percentuais, o melhor de sempre, incluindo em comparação com as legislativas de 10 de março, quando os 3,16% do total de votos valeram a atribuição de quatro mandatos para a Assembleia da República.

Depois de conhecidos os resultados oficiais, o porta-voz do Livre assumiu a derrota e, apesar de sublinhar o crescimento em relação às anteriores eleições europeias, considerou ser uma "noite triste".

"É o tipo de resultado que, em qualquer cenário normal, nos permitiria estar aqui a fazer a festa. Infelizmente não estamos. É uma noite em que o Livre perde as eleições e eu quero assumir essa derrota", lamentou Rui Tavares.

Apesar da derrota, Rui Tavares e o cabeça de lista, Francisco Paupério, foram recebidos com efusivos aplausos no Teatro da Luz, em Lisboa, onde decorreu a noite eleitoral.

Francisco Paupério, que estava confiante na sua ida para Bruxelas, admitiu alguma tristeza, mas foi com otimismo que discursou perante dezenas de apoiantes e assegurou que “nada acaba aqui”, de olhos postos já nas próximas europeias, que deverão realizar-se em 2029.

"Se não foi desta vez, da próxima, temos a certeza, o Livre vai estar representado no Parlamento Europeu", antecipou.

Fora do território nacional, o Livre foi a quinta força política mais votada, com 10,86% dos votos, e quarta na Europa, destacando-se na Finlândia e Suíça onde ficou em primeiro. Na Alemanha, Áustria, Chéquia, Itália e Países Baixos foi o segundo partido mais votado.