“Vamos ter uma nova torre [de controlo] em Lisboa. Não é algo emergente, mas é algo absolutamente necessário, até para não condicionar uma implementação fácil do sistema [de controlo do espaço aéreo] logo que esteja disponível”, garantiu o responsável, depois da assinatura de um protocolo para a entrada da NAV no consórcio Coopans, que inclui a compra de um novo sistema de controlo.
“No preciso momento em que estiver disponível para implementação o sistema ‘in shadow’ [uso do atual e do novo sistema de controlo de tráfego aéreo em simultâneo] devemos ter a nova torre a funcionar, estamos a tratar com a ANA exatamente a sua localização”, explicou.
Ponce Leão notou que a atual torre é “bastante exígua”, não sendo possível “duplicar as posições” quando estiverem em funcionamento os dois sistemas.
Quanto a datas para o seu funcionamento, o dirigente referiu que “no limite para o Montijo [base aérea militar que se converterá em aeroporto complementar de Lisboa] tudo tem que estar operacional”, mas sublinhou que o novo sistema estará a funcionar “bastante mais cedo”.
Ponce Leão precisou que a NAV irá trabalhar com os dois sistemas “simultaneamente durante um período bastante longo”.
A estimativa para aquisição do novo sistema, que estava feita, apontava para um valor na “ordem dos 40 milhões de euros”, mas “ficará abaixo disso”, acrescentou ainda a mesma fonte.
Questionado sobre um valor mais concreto, respondeu que “não ficará muito abaixo, porque também não há milagres”.
Esta aquisição da NAV inclui “sistemas de software, de hardware e a substituição dos sistemas de operação de torre”, pelo que a NAV não terá apenas o “sistema de controlo de tráfego aéreo em rota, mas também de aproximação e a gestão do tráfego pelas torres dos aeroportos”.
Presente na cerimónia de assinatura de adesão, o ministro do Planeamento e das Infraestuturas, Pedro Marques, afirmou a “importância de andar depressa” e a “urgência” de implementação de soluções para aumentar a capacidade do espaço aéreo de Lisboa para 70 a 72 movimentos hora.
“Se não formos suficientemente ágeis” em termos de capacidade de infraestuturas, o país corre o risco de ver passageiros migrarem para outros destinos, notou.
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