"O objetivo prioritário do Governo [Regional] é normalizar a situação de abastecimento às ilhas das Flores e do Corvo. Resolvida esta parte, é a partir daí que tudo se normaliza", declarou o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.
O governante falava na Assembleia Legislativa Regional, em debate sobre o Plano e Orçamento, e respondia a questões dos deputados do PSD Bruno Belo e do PPM Paulo Estêvão sobre o abastecimento à ilha das Flores e também do Corvo, ilhas severamente afetadas pela passagem do "Lorenzo" no começo de outubro.
Vasco Cordeiro espera que esta semana fiquem concluídos trabalhos no porto das Lajes das Flores, destruído com a intempérie, para perceber que área acostável ficará disponível e, a partir daí, analisar que tipo de navio se vai contratar e que comprimento e carga poderá este ter.
"Será em função dos dados que resultem deste trabalho que é possível avaliar que navio é que pode operar ali", acrescentou o governante, que diz que somente após edital do capitão do Porto da Horta se poderá avançar para a fase seguinte.
"Ainda não estamos em situação de normalidade", reconheceu ainda o presidente do Governo dos Açores.
O PSD dos Açores, à imagem do que o deputado social-democrata na Assembleia da República Paulo Moniz havia já feito, embora dirigindo-se ao primeiro-ministro, questionou Vasco Cordeiro sobre a possibilidade de criação de um regime de exceção, na sequência do furacão "Lorenzo", de isenção do pagamento de contribuições à Segurança Social para empresas e trabalhadores independentes nas Flores e Corvo.
Durante a passagem do “Lorenzo” pelos Açores, em outubro, foram registadas 255 ocorrências e 53 pessoas tiveram de ser realojadas.
O furacão causou a destruição total do porto das Lajes das Flores, estimando-se que o prejuízo registado possa ascender, neste caso em concreto, a mais de 190 milhões de euros.
No total, o mau tempo provocou prejuízos de cerca de 330 milhões de euros no arquipélago, segundo o Governo Regional dos Açores.
O presidente do executivo regional, Vasco Cordeiro, reiterou na quarta-feira apreço pela solidariedade demonstrada pelo Governo da República, que assumirá financeiramente um total de 85% dos estragos causados.
Comentários