A França quer dar à Índia alternativas energéticas e compras de armas que limitem essa dependência para que possa aplicar sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, que se iniciou em 24 de fevereiro.
“Não podemos colocá-los num beco sem saída, devemos dar-lhes soluções”, disseram fontes da Presidência francesa, que se referiram a armas, fornecimento de energia e segurança alimentar, setores ameaçados pelas consequências da guerra.
Paris reconhece a relação “histórica” entre Nova Deli e Moscovo, mas acredita que os indianos podem ser ajudados a diversificar os seus mercados.
A Índia e a França comemoram este ano 75 anos de relações diplomáticas e mantêm fortes laços ao nível da defesa, economia ou energia solar.
Não se espera que grandes contratos saiam da reunião com Modi, mas a França está a negociar em vários setores, incluindo o militar. Aliás, já conseguiu vender aviões Rafale e submarinos Scorpene para a Índia, aparelhos muito valorizados pelo Exército daquele país, segundo fontes francesas.
O primeiro-ministro indiano, que encerra a sua primeira viagem oficial ao estrangeiro em França em 2022, chegou a Paris vindo de Copenhaga, onde reiterou o pedido pelo fim da violência e o compromisso com o diálogo para resolver o conflito russo-ucraniano.
Modi, que na sua viagem tentou fortalecer as relações da Índia com os seus aliados europeus, também esteve na Alemanha, país com o qual a França mantém estreita coordenação.
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