Segundo o jornal, a maioria dos jovens (65,6%) recebe menos de mil euros líquidos mensais e trabalha 36 horas por semana. Como dificuldade acrescida está também conseguir casa própria, sendo que apenas 20% dos jovens consegue este objetivo.
Este foi um estudo levado a cabo pelo grupo de investigação SINLab (Social Inclusion Laboratory) e coordenado por Alexandra Serra, professora do Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), e Rui Serôdio, professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, com base nas respostas de 5.137 jovens entre os 12 e os 30 anos, realizado a pedido da Movijovem.
Os dados revelam ainda que tendo em conta o valor do salário mínimo nacional à altura da recolha dos dados (705 euros em 2022), 52% dos jovens que trabalha até 35 horas recebem, em média, 725 euros por mês. Dos que trabalham entre 35 e 40 horas, 78,6% recebem, 847 euros. Já o salário médio dos jovens cuja jornada de trabalho é de mais de 40 horas por semana é de 1144 euros.
Sabe-se ainda que apenas um terço dos jovens recebe entre mil e três mil euros mensais apesar de existirem vários fatores para estes valores, nomeadamente a remuneração dos jovens do sexo masculino é 26% mais alta do que o das jovens mulheres e no litoral receber-se mais que no interior.
No que diz respeito especificamente à habitação, o JN sublinha que quase 34% dos jovens moram numa casa que pertence à família e cerca de 35% arrendam um imóvel, sendo que apenas 20% têm casa própria. Além destes, 10% vivem em quartos alugados com um valor médio de 270 euros por mês.
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