Os dados fazem parte do “Happy Planet Index” (HPI), um documento da responsabilidade da organização alemã “Hot or Cool Institute”, segundo o qual o consumo excessivo está a prejudicar o planeta e não está a ajudar as pessoas.
O relatório indica que os governos precisam de começar a medir o que é importante: a saúde e o bem-estar das pessoas e do planeta.
O HPI combina dados sobre o bem-estar, a esperança média de vida e a pegada de carbono para fornecer um retrato do desempenho dos países em proporcionar aos seus cidadãos uma vida saudável, feliz e digna, sem sobrecarregar o planeta.
O documento analisa a eficiência com que os países estão a gerir os seus recursos para com eles proporcionarem às pessoas o que é de facto importante, a saúde e o bem-estar.
No índice agora divulgado os países em primeiro lugar são Vanuatu, Suécia, El Salvador, Costa Rica e Nicarágua. Portugal surge em 11.º lugar, com boa pontuação quanto à expectativa de vida e de bem-estar, mas má quanto à pegada carbónica.
Na lista nenhum país obtém uma pontuação “boa” nos três componentes do HPI. Os autores do relatório notam que os líderes do HPI são os países capazes de proporcionar aos cidadãos bons padrões de saúde e de bem-estar e ao mesmo tempo limitam a média de carbono ‘per capita’.
Há países com o mesmo nível de impacto ambiental mas que diferem substancialmente na esperança média de vida e no bem-estar. O Botswana e os Países Baixos têm a mesma pegada carbónica mas os Países Baixos estão no lugar 14 e o Botswana em 146.
Ainda de acordo com o estudo dos 10 países com um PIB mais elevado seis têm pontuações HPI abaixo da média, pelo que “a procura de um PIB cada vez mais elevado não conduz ao que realmente importa, o bem-estar dentro dos limites ambientais”.
“Em muitos países ricos, os elevados níveis de consumo e produção estão a contribuir para o colapso ecológico sem proporcionar saúde ou felicidade aos seus cidadãos”, acrescenta o documento.
Nos Estados Unidos, os 10% mais ricos têm uma pegada carbónica média quatro vezes maior do que a média do resto da população. Os seus resultados de bem-estar são mais elevados mas apenas marginalmente, não quatro vezes superiores aos da restante população.
O “Hot or Cool Institute” pretende dotar organizações, decisores políticos e comunidades de dados para decisões informadas para um futuro sustentável e próspero, colocando as pessoas e a ciência no centro da transição para a sustentabilidade.
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