O centro de acolhimento de migrantes da pequena ilha de Lampedusa está à beira do colapso, ao abrigar cerca de 300 migrantes, quando tem capacidades para cerca de 90, asseguram os meios de comunicação italianos.
O centro de acolhimento chega a esta situação de rutura face à chegada contínua de migrantes, os últimos durante esta noite, quando um barco com 92 pessoas foi intercetado por uma lancha da Capitania do porto de Lampedusa, que se encarregou de levar aquelas pessoas para terra.
Outros 16 migrantes chegaram a terra sem necessidade de ajuda, numa pequena embarcação.
De acordo com os media italianos, citados pela agência Efe, devido ao mau tempo previsto para as próximas horas, o barco que faz a transferência dos migrantes, desde Lampedusa até ao porto de Porto Empedocle, na Sicília, não poderá navegar.
Além disso, um grupo de tunisinos ocupou a praça central de Lampedusa contra o seu possível repatriamento.
No mar continua à espera, há cinco semanas, o navio humanitário Ocean Viking, gerido pelas Organizações Não Governamentais Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a francesa SOS Mediterrâneo, que fez quatro resgates e transporta 182 pessoas a bordo.
“Pedimos aos líderes europeus que encontrem a solução imediata para o desembarque das 182 pessoas ainda a bordo e um mecanismo predeterminado de desembarque imediato para todos os resgates no Mediterrâneo Central”, apelou a MSF em comunicado citado pela Efe.
A mesma nota acrescenta que, apesar dos sinais positivos, “a burocracia europeia está a prevalecer sobre a segurança de homens, mulheres e crianças vulneráveis, incluindo um recém-nascido”.
O Ocean Viking regressou ao Mediterrâneo central poucas horas depois de, em 14 de setembro, os 82 migrantes que tinha a bordo terem desembarcado em Lampedusa, após seis dias de espera no mar.
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