É o caso de Celeste Rodrigues, que, à agência Lusa, adiantou que é necessário ter “representantes que saibam perceber as necessidades do país e, ao mesmo tempo, perceber as necessidades da Europa para tornar o mundo melhor”.
“Eu considero que estas eleições são decisivas. E por essa razão, como por outras razões relacionadas com o funcionamento do país, eu considero que é necessário que as pessoas participem nas eleições”, salientou.
Falando junto à porta principal da Faculdade de Direito, Celeste Rodrigues disse ainda que a campanha “foi mais elucidativa” do que estava à espera, observando, todavia, que “acabou por ter diversos assuntos” que não foram falados.
“Pelo menos visivelmente. Não transpareceram nas redes sociais e nos media convencionais. No entanto, considero que diversos candidatos que estão nesta eleição são pessoas com capacidade para poder representar o país”, sublinhou.
Também no mesmo local, José Botelho, que vai de férias na próxima semana, achou “mais funcional” usar hoje o voto antecipado em mobilidade e considerou estas eleições importantes.
“Sobretudo para perceber não só o equilíbrio político da Europa, mas também perceber um bocadinho como está a evoluir o equilíbrio político em Portugal. Não tirar ilações nacionais. É perceber como é que estão os equilíbrios”, salientou.
Sobre a campanha, José Botelho observou que “está a descambar um bocadinho para a politiquice”.
“Há muitas acusações pessoais. Há muitos ‘casinhos’. Era melhor sair desses ‘casinhos’ e fazer um bocadinho mais de política. Acho eu. Acho que está a descambar um pouco”, afirmou.
Já Isabel Sarmento, que falava na Aula Magna, realçou a importância do voto antecipado em mobilidade, dizendo que “é fundamental”, sobretudo “quando há férias marcadas, quando há rotinas, para a data das eleições”.
À Lusa, atentou que a campanha e os debates foram pouco esclarecedores e que “maior parte do povo não sabe o que está em questão”.
“Até podem saber quais são problemas, não sabem quais são as soluções de cada um destes partidos para fazer face a esses problemas”, referiu.
Ao lado, Joaquim Gato também disse que os debates foram pouco esclarecedores, considerando-os “muito pobres”.
“Foram mais quezílias do que debate (…). Há mais o diz tu, o direi eu… Eu já sabia em que ia votar. Também acho que pode haver pessoas que elucidadas com os debates”, indicou.
Aos jornalistas no local, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, adiantou que até às 12:00 tinham exercido o direito de voto 22% dos 34.606 eleitores inscritos no voto antecipado em mobilidade – mais 7.687 inscritos do que nas últimas eleições legislativas – nas 107 mesas.
De acordo do Filipe Anacoreta Correia, “está tudo a correr bastante bem”, sem incidentes.
Mais de 252.000 eleitores portugueses podem hoje votar antecipadamente para as eleições europeias, de 9 de junho.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, votaram hoje antecipadamente para as eleições europeias, para as quais são chamados a votar mais de 10,8 milhões de portugueses, que escolherão 21 dos 720 eurodeputados.
Cerca de 373 milhões de eleitores europeus são chamados a votar para o Parlamento Europeu entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, a votação é no dia 9.
Serão escolhidos 720 eurodeputados, 21 dos quais portugueses.
Concorrem às eleições um total de 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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