“Estamos disponíveis para todas as discussões possíveis com o SNPVAC [Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil], nós respeitamos a liberdade para fazer greve, […] mas também queremos sentar-nos à mesa das negociações, para evitar o mais possível novas ações, porque isso seria muito prejudicial para a companhia, para o país e também pensando em todos os contribuintes portugueses que têm investido na companhia”, afirmou a responsável, em declarações aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa, para um balanço da greve de dois dias de tripulantes de cabine da TAP, que termina hoje.
Ourmières-Widener reiterou que a companhia já tinha concordado com nove das 14 exigências apresentadas pelo sindicato, uma das quais relativamente às ajustas de custo, mas lembrou que “não é possível achar que o acordo de emergência vai desaparecer”.
A empresa assinou acordos de emergência com todos os sindicatos representativos dos trabalhadores, que permitiram implementar um plano de reestruturação, que está em curso, que incluiu despedimentos e cortes salariais, por exemplo.
“Estamos a voar este ano o que era suposto, talvez, voarmos em 2023, e isso são boas notícias para a companhia, para o país e para o turismo português, mas este crescimento foi antecipado no acordo de emergência, portanto não é novo”, apontou a presidente executiva.
Christine Oumières-Widener disse que há algumas exigências do sindicato que “não seriam consistentes com a necessidade aumentar a produtividade ou podiam colidir com o acordo de emergência”.
“A única forma de sairmos dos acordos de emergência é negociando um novo acordo coletivo de trabalho”, que não é possível sem um novo acordo de empresa, vincou a responsável, admitindo que poderá chegar-se a uma solução transitória.
A presidente executiva disse que ainda não estão definidas datas para voltar às negociações com o SNPVAC, que acusa a TAP de ter sido quem as abandonou.
“Estamos prontos, se não esta semana, na próxima, não é um problema, estamos disponíveis”, reiterou Ourmières-Widener.
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