Numa declaração conjunta, a embaixada britânica em Kuala Lumpur e o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Malásia indicaram que os contentores foram enviados do Reino Unido, entre março de 2018 e março de 2019, sem as necessárias permissões.
A ministra do Meio Ambiente da Malásia, Yeo Bee Yin, espera que o acordo ajude outros países a comprometerem-se a receber de volta os resíduos enviados de maneira irregular.
“Esperamos que a cooperação e o entendimento entre a Malásia e o Reino Unido sirvam de exemplo para outros países com empresas que exportam resíduos plásticos poluentes para países em desenvolvimento”, afirmou Yeo.
O embaixador britânico, Charles Hay, celebrou o acordo e mostrou a disposição do seu país em trabalhar com a Malásia em questões relacionadas ao meio ambiente e a crise climática.
Desde que a China proibiu a importação de resíduos de plástico, em 2018, estes resíduos foram desviados para países do Sudeste Asiático, como Malásia, Filipinas e Indonésia.
Em maio passado, o Governo da Malásia anunciou a sua intenção de devolver aos seus países de origem – incluindo Estados Unidos, China, Austrália, Canadá, França e Espanha, entre outros – num total de 60 contentores com 3.000 toneladas de plástico importado de forma ilegal.
Outros países, como Filipinas e Indonésia, também se comprometeram a devolver resíduos ilegais que chegaram aos seus portos de países desenvolvidos.
A Convenção de Basileia impõe limites e controlos estritos à exportação de resíduos, inclusive plásticos, dos países desenvolvidos para os menos desenvolvidos.
Esta convenção que entrou em vigor em 1992, nasceu do aumento do “colonialismo tóxico”, isto é, do envio de resíduos poluentes de países ricos para os países pobres, o que está em processo de ser proibido totalmente.
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