“Vamos facilitar o pedido por qualquer governo estrangeiro, apesar de haver procedimentos que têm de ser seguidos. A nossa política é a de que temos de honrar as nossas relações bilaterais com qualquer país estrangeiro”, disse Ahmad Zahid Hamidi, após confirmar um pedido por parte da Coreia do Norte nesse sentido.
Kim Jong-Nam, filho mais velho do falecido líder da Coreia do Norte Kim Jong-Il, que estaria a aguardar um voo para Macau, foi assassinado na segunda-feira no aeroporto de Kuala Lumpur, capital da Malásia, alegadamente por duas mulheres em ainda envoltas em mistério.
“Ele tinha dos documentos de identificação diferentes, provavelmente um falso documento e um passaporte verdadeiro”, afirmou o vice-primeiro-ministro malaio, qualificando de “especulação” as informações de que o regime norte-coreano está por detrás da morte de Kim Jong-Nam.
As autoridades da Malásia detiveram, até ao momento, duas mulheres pela suspeita de envolvimento no assassínio.
Uma suspeita foi identificada com o nome Siti Aishah, de nacionalidade indonésia e nascida a 11 de fevereiro de 1992; enquanto a outra tinha na sua posse, quando foi detida, um passaporte vietnamita, no qual constava o nome Doan Thi Huong e a data de nascimento de 31 de maio de 1988.
O corpo de Kim Jong-nam encontra-se desde quarta-feira no Hospital Geral de Kuala Lumpur para a realização da autópsia, mas ainda não foram divulgados publicamente informações, nomeadamente sobre as causas da morte do meio-irmão de Kim Jong-un.
As autoridades malaias identificaram a vítima como Kim Chol, nascido em Pyongyang em junho de 1970, conforme os documentos de viagem encontrados na sua posse.
Não obstante, a Coreia do Sul adiantou quase depois ter a certeza de que se tratava de Kim Jong-Nam e hoje foi a vez da Malásia, onde morreu, confirmar que se trata então do meio-irmão mais velho do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Kim Jong-nam era o filho primogénito do ditador norte-coreano Kim Jong-il e da sua primeira concubina, a atriz Song Hye-rim.
Até ao início do século XXI era considerado o provável sucessor do pai, que morreu em 2011.
Em 2001, no entanto, foi detido no aeroporto de Tóquio com um passaporte falso com o qual alegadamente queria visitar um parque Disney no Japão.
Emigrou para a China em 1995 e vivia desde então entre Pequim e Macau.
O assassínio, ocorrido nas vésperas das celebrações do nascimento do “Querido Líder” Kim Jong-il, que decorrem hoje na Coreia do Norte, foi descrito pela Coreia do Sul como prova da “brutalidade e natureza desumana” do regime de Pyongyang.
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