Rafael Grossi, líder da AIEA, chegou na sexta-feira à capital sul-coreana após ter estado no Japão onde a agência deu ‘luz verde’ ao controverso plano de Tóquio para descarregar no oceano as águas da central nuclear que sofreu um acidente em 2011.
Hoje, manifestantes concentraram-se no centro de Seul para denunciar a análise, que consideram “insuficiente” da AIEA, na altura em que Grossi se reunia com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Park Jin. Foram exibidos cartazes a criticar a AIEA, acusando-a de ter feito o relatório “sob influência do Japão”.
Grossi defendeu-se das críticas alegando que houve um processo de aprovação “muito minucioso” na agência.
“Este é o relatório final completo (…). Nenhum perito me disse que discordava do conteúdo”, disse em entrevista à agência noticiosa sul-coreana Yonhap. “Foi um processo muito minucioso”, acrescentou.
Deputados da oposição sul-coreana também se mobilizaram contra o plano de Tóquio e alguns iniciaram uma greve de fome. Grossi deverá encontrar-se com membros da oposição no domingo.
A Coreia do Sul afirmou respeitar a decisão da agência apesar dos protestos crescentes no país.
Na sexta-feira, o Governo sul-coreano afirmou que o plano do Japão para libertar no mar a água tratada da central nuclear de Fukushima cumpre as normas internacionais, desde que executado como planeado.
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