A rota principal continuou a ser, em 2017, a do Mediterrâneo Central, via Líbia e Tunísia, em que os migrantes tentam desembarcar em Itália.
A Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) contabilizou a chegada de 118.962 pessoas por esta rota.
A Cruz Vermelha contabilizou 16.607 mortos e desaparecidos de 2014, enquanto a organização não-governamental holandesa United for Intercultural Action estima em pelo menos 34 mil o número de mortos na travessia do Mediterrâneo, desde 1993, na tentativa de chegar à Europa.
Mas há milhares que nunca foram encontrados, segundo a mesma organização, citada pela AFP.
Em 2015, ano da crise dos refugiados, com centenas de migrantes a morrer durante a tentativa de cruzar o Mediterrâneo, estima-se que mais de um milhão de imigrantes tenham entrada na Europa, a partir de vários países do Norte de África, segundo números da Frontex.
Este ano, e até maio, registou-se uma diminuição do fluxo migratório para menos de metade, comparando com o mesmo mês do ano passado.
No que respeita aos primeiros cinco meses do ano, o número total de travessias irregulares das fronteiras recuou 46%, em termos homólogos, para cerca de 43.200, atribuindo a Frontex esta quebra à diminuição da pressão migratória na rota do Mediterrâneo Central.
Segundo a agência europeia, o número de migrantes que chegaram em maio a Itália através desta rota baixou 82%, para as 4.100 pessoas, face ao mesmo mês de 2017.
A Itália tem um novo governo, populista e de direita, com políticas restritivas na entrada de imigrantes no país.
Além da participação regular da Marinha portuguesa em missões da União Europeia e da NATO, Portugal tem também uma equipa da GNR no Mar Egeu.
Hoje, parte para a zona a fragata “Álvares Cabral”, da Marinha portuguesa, ficando em missão da operação “Themis”, ao serviço da Frontex de 15 de julho a 24 de setembro.
Comentários