O chefe de Estado esteve nesta grande superfície comercial para inaugurar a exposição "Mais Alto e Mais Longe - Por uma Causa", com fotografias das expedições de Ângelo Felgueiras às montanhas mais altas de cada continente e aos dois polos, cuja venda reverte para a Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro.
A sua presença foi juntando cada vez mais gente, num semicírculo em redor da exposição, na praça central do centro comercial, e também nas varandas dos andares superiores – uma plateia que o ouviu em quase total silêncio, durante quinze minutos, elogiar as aventuras de Ângelo Felgueiras, que é piloto de aviação de profissão.
"O exemplo dele deve iluminar-nos na nossa vida. Temos de continuar a sonhar", afirmou o Presidente da República, considerando que a sua história "devia correr todas as escolas de Portugal", pelo que alcançou e por estar "ao serviço dos outros".
Dirigindo-se à pequena multidão que o rodeava, Marcelo Rebelo de Sousa prosseguiu: "O sonho não tem de ser igual ao de Ângelo Felgueiras, não têm de sonhar ir aos sítios mais altos do mundo. Têm de sonhar outras coisas, mas têm de sonhar, e têm de seguir o exemplo dele".
"Passamos a vida a falar em heróis, pois há heróis anónimos que são assim como ele", acrescentou, ao microfone instalado no meio da praça.
O chefe de Estado referiu que esta exposição partiu de uma sugestão sua e contou com o patrocínio da Presidência da República e que foi montada em pouco tempo: "Mas é assim que nós lá trabalhamos. Tem de ser tudo muito rápido, mas bom".
A propósito das proezas de Ângelo Felgueiras, que, no seu entender, "sonhou o impossível" e "sonhou a loucura", Marcelo Rebelo de Sousa comentou que "o Presidente da República recebe milhares de pessoas e uma boa parte é mesmo louca, e louca no bom sentido do termo – outros, são loucos só, ponto final, parágrafo".
Após esta intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa dispôs-se a tirar fotografias, durante cerca de vinte minutos, com pessoas que formaram uma fila inorgânica, de telemóvel na mão pronto para uma 'selfie'.
No final, os jornalistas perguntaram-lhe há quanto tempo não ia a um centro comercial, e receberam uma resposta pronta: "Eu? Desde ontem. Fartei-me de fazer compras. Tive de fazer compras, obviamente, de alimentação e outras durante o período da Páscoa, e sou eu a fazê-lo".
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