Numa declaração na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, após ter recebido o rei Willem-Alexander e a rainha Máxima, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "a dimensão económica" das relações entre Portugal e os Países Baixos, "apesar de ser já significativa, tem ainda espaço para crescer e para se diversificar".
"A missão empresarial que se realiza em paralelo com esta visita de Estado vai permitir dar a conhecer um Portugal moderno, tecnologicamente avançado em áreas como o setor aeronáutico, a engenharia do ambiente, as energias renováveis. Eis o tom perfeito para uma visita de Estado que, tenho a certeza, contribuirá para dar um novo impulso às relações fraternais entre Portugal e o grande país que são os Países Baixos", considerou.
Com o rei Willem-Alexander ao seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que, em termos políticos, os dois países convergem "em temas essenciais, como a agenda 2030, os oceanos, as alterações climáticas, as migrações, a segurança e a defesa, a pertença à União Europeia e à NATO, o multilateralismo, a cooperação, os direitos humanos".
No plano social, sustentou que existe uma "crescente proximidade" entre o povo português e o povo neerlandês, "que hoje se entendem como nunca antes no passado, fruto da liberdade de circulação, do programa Erasmus, da vontade de conhecer o outro que sempre caracterizou portugueses e holandeses".
Dirigindo-se aos reis dos Países Baixos, o Presidente da República acrescentou: "E que, no caso de suas majestades, tem também um fundamento histórico, fruto dos laços familiares que têm com Portugal e que vêm do começo da nossa nacionalidade, do nosso primeiro, do nosso segundo e do nosso quinto reis, todos da primeira dinastia".
No início da sua declaração, Marcelo Rebelo de Sousa mencionou que esta visita de Estado acontece 27 anos depois da visita da rainha Beatriz a Portugal e 28 anos depois da visita do Presidente Mário Soares aos Países Baixos.
No seu entender, "a presente visita de Estado representa um novo marco" nas relações bilaterais, "pelas múltiplas dimensões que encerra", política, cultural, social e económica.
No plano cultural, o chefe de Estado salientou que esta visita coincide com a inauguração da exposição "Rembrandt - Elos Perdidos", no Museu Nacional de Arte Antiga, "proporcionando uma rara oportunidade para recordar os laços históricos" entre os dois países.
Marcelo Rebelo de Sousa ofereceu aos reis dos Países Baixos duas talhas da Vista Alegre e uns brincos em filigrana portuguesa, disse à Lusa fonte da Presidência da República.
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