"Como dizia Sophia de Mello Breyner: vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar. Uma coisa é não ignorar, outra coisa é falar", disse em declarações à RTP o presidente da República. Mas também deixou críticas implícitas, quando questionado sobre se Cavaco deveria ter aquele tipo de intervenção.
"Cada um é como é. Olhem para cinco presidentes em democracia, somos todos diferentes. Eu, por exemplo, tenho falado imenso enquanto presidente, tenciono não falar nada depois. Outros terão falado menos enquanto presidentes, falarão mais depois", reagiu Marcelo.
Já o líder do PSD, Luís Montenegro, defendeu que "ignorar aquilo que Cavaco Silva referiu é atuar no domínio do fanatismo" e de "um estado de negação preocupante". Acusou o Governo de viver "noutro país, noutra realidade". E disse ainda que acenar com "o papão da Direita" mostra que Costa "está mesmo nervoso".
Para o primeiro-ministro, António Costa, este considerou hoje que a “frustração” e “mágoa” de Cavaco Silva, por ter terminado o seu segundo mandato presidencial dando posse a um Governo que não queria empossar, justifica a sua oposição ao atual executivo.
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