“Sabíamos que era difícil levar a cabo algumas festividades carnavalescas, mas tentámos esticar ao máximo para ver se a situação epidemiológica mudava. Todos os eventos que estavam a ser programados foram cancelados”, revelou o presidente da Associação de Carnaval da Bairrada, Alexandre Oliveira.
Em declarações à Lusa, Alexandre Oliveira explicou que, para este ano, tinham previsto realizar “algo diferente”, sem os dois desfiles habituais.
“As nossas escolas de samba não estavam preparadas e o nosso Carnaval depende bastante das nossas quatro escolas de samba. Não havendo forma de fazer os desfiles habituais, faríamos algo um bocadinho diferente, em que teríamos tenda, desfile trapalhão e mais algumas coisas, mas nem isso será possível”, lamentou.
Com o número de infeções por covid-19 a crescer, tanto no concelho, como no país, “o único caminho possível era cancelar”.
“Não podíamos correr esse risco, nem pedir às pessoas que corressem esse risco. A decisão foi tomada em conjunto com o Município da Mealhada, com quem estamos totalmente sincronizados”, acrescentou.
Este é o segundo ano que a Mealhada fica sem Desfile de Carnaval, “o maior evento anual do concelho”, que todos os anos envolve “centenas de pessoas”.
“Este ano contávamos reinventar a perspetiva de Carnaval, mas nem isso é possível. Ainda iremos pensar em alguma forma de assinalar, pelo menos, o Dia de Carnaval”, disse.
No seu entender, “pensar em algo pela via digital não é o caminho certo para esta altura, em que as pessoas já não estão fechadas em casa, como no início da pandemia”.
“Resta-nos, enquanto associação, esperar que isto melhore. Temos outros eventos ao longo do ano, como o maior festival de samba do país, em setembro, e vamos começar a trabalhar para isso”, concluiu.
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