A fonte da PJ indicou à agência Lusa que o suspeito foi presente hoje ao Tribunal Judicial de Fronteira, também no distrito de Portalegre, para primeiro interrogatório judicial, tendo o tribunal determinado que o homem, de 42 anos, vai ficar igualmente com proibição de contactos e afastamento das áreas das vítimas, Avis e Ponte de Sor.
O homem suspeito de extorsão detido pela PJ em Avis é médico no centro de saúde de Avis e os alegados crimes foram praticados em contexto laboral, revelaram fontes da polícia e da unidade de saúde.
A PJ divulgou hoje, em comunicado, a detenção do homem, adiantando que as vítimas são duas mulheres de 26 e 45 anos, “emocionalmente vulneráveis e conhecidas do suspeito”.
“Os atos delituosos decorreram nos últimos dois anos, período durante o qual lhes extorquiu mais de dezenas de milhares de euros, num contexto de ameaças constantes e claro abuso das suas dependências emocionais”, segundo o comunicado.
Contactada pela Lusa, uma fonte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) limitou-se a adiantar que a administração desta entidade teve conhecimento da detenção do clínico através de uma comunicação interna feita pelo diretor do centro de saúde de Avis.
Segundo a mesma fonte, a ULSNA, que gere os centros de saúde do distrito de Portalegre, não tinha recebido, até ao início da tarde de hoje, quaisquer informações por parte das entidades judiciais e judiciárias sobre o caso.
Contactada pela Lusa, uma fonte da PJ referiu que o suspeito praticou os crimes de que está indiciado em contexto laboral.
A mesma fonte assinalou que a investigação policial apurou, para já, que o suspeito terá extorquido às vítimas cerca de 20 mil euros. Segundo a fonte da PJ, o homem foi detido na quinta-feira através da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora.
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