“É com pena, mas sem azedume, que não levarei por diante a candidatura. Mas desistindo da candidatura, não desisto do que era o seu objetivo. Inviabilizada a candidatura, a questão para mim e para os que estão comigo é apenas a de procurar outras vias para prosseguir a ação iniciada”, refere, numa publicação na sua conta da rede social Facebook.
Miguel Morgado, que foi assessor político do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, reitera que continua convencido da “necessidade de derrotar a estratégia ruinosa para o partido e sobretudo para o país que foi protagonizada nos últimos dois anos por Rui Rio” e que se recandidata ao cargo.
“Daí que há já algum tempo tenha formado a intenção de avançar com uma candidatura à liderança do PSD que não fosse uma mera candidatura de sucessão - em que eu me apresentaria como mais adequado a liderar o PSD do que os outros concorrentes -, mas uma candidatura de posicionamento e de reorientação do rumo futuro do partido”, justificou.
Miguel Morgado agradece aos que o apoiaram nessa intenção e promete que continuará a defender um PSD “que quer ser livre contra o domínio socialista do Estado”.
“Nas atuais eleições para a presidência do PSD, essa luta passa pelo esforço de mudar o rumo errado que o atual presidente impôs ao partido, de subalternização do PSD perante o PS e a esquerda”, referiu.
O antigo deputado, e fundador do movimento 5.7, assegura que não deixará vincar as suas posições “e de procurar outras vias para combater aberta e lealmente essa orientação” de Rio, considerando ser necessário “chamar o partido à sua verdadeira vocação de força decisiva do reformismo em Portugal”.
“Não é só o futuro do PSD, mas também o futuro do país que neste momento dependem do reencontro do PSD consigo próprio”, defendeu.
As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e congresso marcado entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.
Até agora, apresentaram-se como candidatos o atual presidente Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais (distrito de Lisboa), Miguel Pinto Luz.
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