Segundo a agência de notícias EFE, a “marcha das flores” reuniu cerca de dez mil pessoas e entre os manifestantes estavam vítimas do conflito armado que durou mais de 50 anos.

Os participantes gritaram frases como “nem um menino, nem uma menina, nem um beijo para a guerra”, “acordo assinado, acordo respeitado” ou “porque o povo merece, o acordo permanece”.

A “marcha das flores” foi convocada pela Organização Nacional dos Indígenas da Colômbia, pela Federação Colombiana de Educadores e por reitores das universidades e outras instituições de educação da cidade.

O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, acompanhou os manifestantes durante alguns minutos e reiterou o seu empenho em que “este processo continue e se consolide”.

Os colombianos rejeitaram a 2 de outubro, num referendo, o acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), com o “não” a reunir 50,21% dos votos.

O acordo foi assinado a 26 de setembro pelo Presidente da Colômbia e o líder da guerrilha, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko.

Na semana passada já tinha havido outra manifestação com milhares de pessoas em Bogotá para pedir a paz e um grupo de jovens mantém-se acampado desde então em frente da Catedral Primada, na praça Bolívar, a principal praça da cidade.

Ainda na quarta-feira, à noite, Juan Manuel Santos fez uma declaração ao país pela televisão em que garantiu que continua a dialogar com setores e organizações da sociedade “para avançar na união nacional para a paz”.

Juan Manuel Santos foi este mês distinguido com o prémio Nobel da Paz por causa do acordo de paz que conseguiu com as FARC.