A SIC Notícias e o Público avançaram que as buscas decorrem em vários ministérios e na residência oficial do primeiro-ministro devido a negócios do lítio, num processo que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o ex-ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, e o empresário Diogo Lacerda Machado.

De acordo com o jornal, já foram detidos o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o consultor próximo de Costa, Diogo Lacerda Machado e o presidente da Câmara de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, assim como dois executivos de empresas.

E este propósito, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu hoje de manhã o primeiro-ministro, António Costa, no Palácio de Belém, em Lisboa, a pedido deste, disse à Lusa fonte da Presidência da República. A reunião já terminou.

Buscas envolvem mais de 140 polícias

A Polícia de Segurança Pública (PSP) e o Ministério Público confirmaram estar a efetuar buscas em vários pontos do país, sem especificar o motivo.

Fonte da PSP referiu à Lusa que foram mobilizados cerca de 140 polícias para a operação e que o inquérito está a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Entretanto, a  assessoria de comunicação do primeiro-ministro confirmou a existência de buscas no gabinete de Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro, acrescentando que não há comentários por parte de São Bento à ação da justiça.

“Confirmamos que há buscas no gabinete do chefe de gabinete [Vítor Escária]. Não comentamos a ação da justiça”, disse à agência Lusa fonte da assessoria de António Costa.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática também confirmou hoje à Lusa a realização de buscas da PSP nas suas instalações. Fonte oficial do ministério de Duarte Cordeiro disse, no entanto, não conhecer ainda o motivo das buscas.

Também a Câmara Municipal de Sines, em Setúbal, confirmou que está a ser alvo de diligências por parte de autoridades policiais, que se encontram no interior do edifício, enquanto os funcionários estão no exterior.

No local “aguarda-se a chegada do Ministério Público” para participar nessas mesmas diligências, diz fonte da autarquia.

A agência Lusa contactou o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas (PS), mas o telemóvel do autarca encontrava-se desligado.