No caso de Portugal e Brasil, “sem Mercosul, temos um défice anual de 500 milhões de euros, com o acordo estou convencido de que este défice no setor agroalimentar e florestal poderá e será reduzido”, afirmou José Manuel Fernandes.
Em declarações à margem da reunião dos ministros da Agricultura, em Bruxelas, o ministro explicou que Portugal poderá aumentar as exportações no que respeita aos vinhos, azeite e pera rocha.
O acordo, que se espera ser finalmente assinado em dezembro, depois de ter sido fechado em 2019, após 20 anos de negociações, é bom para Portugal em termos geopolíticos e também de objetivos climáticos.
Apesar das anunciadas reticências de França, o ministro considera que esta não deverá conseguir criar uma minoria de bloqueio.
O texto, disse, tem cláusulas sociais e de sustentabilidade, salientando que “é uma situação de ‘win-win’ (ambas as partes saem beneficiadas) e é por isso que é um acordo, beneficia ambas as partes, apesar dos desafios”.
O pacto UE-Mercosul foi finalmente assinado em junho 2019, após 20 anos de negociação, mas tem sido bloqueado desde então pela oposição de alguns países europeus, e em particular França, que procura agora formar uma coligação para vetar.
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