“É um novo período, a continuidade do primeiro período. Tivemos esta pausa letiva de duas semanas porque entendemos que nada substitui as aulas presenciais, ainda falava agora com a diretora que dizia que é muito importante podermos voltar o mais rapidamente possível, sabendo que só podemos voltar com segurança e quando as condições sanitárias assim o permitam. Todos temos o entendimento (aqueles que trabalham nas escolas, as famílias) que voltar à escola é uma urgência”, declarou o ministro, recordando que nada substitui o ensino presencial, nomeadamente na socialização e em termos de saúde física e mental.
Tiago Brandão Rodrigues destacou também o trabalho que foi feito a partir de casa e da escola pelos professores, destacando o papel pedagógico da escola e explicando que alguns alunos, cujas escolas identificaram como sendo ineficaz o ensino à distância, encontram-se a receber aulas presencialmente, cerca de dois alunos por sala e com todas as medidas de segurança.
O responsável pela tutela recordou a importância de conseguir sinalizar os alunos que não têm condições em casa para se manter no ensino à distância, por forma a que as escolas consigam dar resposta a estas situações.
Tiago Brandão Rodrigues elogiou também a mobilização de muitas autarquias que distribuíram milhares de computadores aos alunos, considerando que o balanço do ensino à distância é positivo.
Sobre uma possível data de regresso às aulas, o ministro da Educação não quis fazer previsões. Contudo, salientou que o ensino presencial deverá regressar assim que possível, dependendo da opinião dos especialistas e começando pelo 1.º ciclo e pré-escolar.
"Sabemos que os alunos do 1.º ciclo e o do jardim-de-infância têm necessariamente mais dificuldade para terem autonomia e acontecer ensino e aprendizagem à distância. Essa é uma decisão a tomar em função das avaliações dos epidemiologistas", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.
Durante a visita, no primeiro dia da nova fase do ensino à distância, o ministro falou com os docentes e auxiliares, mas também com os alunos, testemunhando que nem todos eram filhos de trabalhadores essenciais, já que havia crianças identificadas pela escola como não tendo o necessário apoio em casa, optando o agrupamento por encaminhá-los para o estabelecimento de ensino.
(Notícia atualizada às 15h20)
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