Assim que chegou ao palco principal, chamou o líder do partido, Luís Montenegro, e disse: “A Leonor é uma senhora extraordinária que é apoiante da primeira hora do PPD-PSD, mas que pela idade que tem não pode vir e pediu-me que fizesse a entrega de um pin que ela sempre nos disse ter sido usado por Sá Carneiro na primeira vitória eleitoral que tivemos”.
Sublinhou depois: “Também com Montenegro vamos ter uma vitória eleitoral”.
Apontou ainda a importância de "manter a cabeça fria” e “ter sempre presente que o nosso foco são as eleições e que o nosso adversário é o PS”.
Lamentou também não ter existido uma coligação pré-eleitoral:"Não foi possível fazer uma coligação pré-eleitoral, do que eu tenho pena, mas não vejo que exista qualquer impedimento para que, ainda antes das eleições, seja possível promover com o CDS, com a IL, com o que resulte das eleições do PS, uma base comum que permita dar o tal ‘élan’ de que precisamos de acrescentar ao que laboriosamente o nosso líder tem feito”, afirmou. Acrescentou ainda que “o todo é maior que a soma das partes”.
Sublinha ainda que os “partidos que não quiseram coligação devem ser estimulados a mostrarem disponibilidade para conversar com o PSD”.
Vaticinou igualmente que, tal como se dizia que Durão Barroso não seria primeiro-ministro e Carlos Moedas presidente da Câmara de Lisboa e se enganaram, Luís Montenegro e o PSD serão os vencedores das próximas eleições.
No mesmo discurso pediu ao PSD que não se distraia das legislativas e apelou a que tenha “cuidado” com o primeiro-ministro, a quem acusou de estar a fazer “um teatro em três atos”.
“Cuidado, se António Costa, que é jurista como eu, foi capaz de perante a notícia daquele último parágrafo da Procuradoria apresentar a demissão, dizer que poderá ser provavelmente constituído arguido, que poderia ter um processo criminal contra ele... Tudo isto, no fundo, o que ele está a fazer é um teatro em três atos”, afirmou.
Para o antigo dirigente do PSD, o primeiro ato foi o de falar num processo-crime contra ele “que não existe”, na possibilidade de ser constituído arguido “que não está em cima da mesa”.
“Nesta dramatização, cumpre-se o primeiro passo a que se segue os seus ‘compagnons de route’ virem todos exigir que a investigação relativamente a António Costa termine antes das eleições”, disse.
Isto para que, concluiu, “o terceiro ato seja, antes das eleições, António Costa ser ilibado de qualquer suspeita e poder surgir nesse momento como o António Costa inocente”.
“E nesse momento conseguir apagar que o processo que está em curso envolve o seu chefe de gabinete, o seu melhor amigo”, frisou, acusando Costa de não ter hesitado “em pôr em causa o funcionamento das instituições fundamentais do nosso sistema político” para se defender.
*com Lusa
(Notícia atualizada às 18h39)
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