“O que me surpreende é que haja essa pergunta quando o Governo tomou posse há 15 dias e está empenhado em cumprir o seu programa e em trabalhar no Orçamento do Estado, que é um documento de grande importância para 2020”, afirmou Mourinho Félix em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, no final de uma reunião do Eurogrupo.
E acrescentou: “É isso que nos prende, que nos entusiasma e que é o nosso trabalho”.
A reação de Mourinho Félix surge depois de o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes, no espaço de comentário aos domingos na SIC, ter avançado que, se Centeno sair do Governo para assumir um cargo internacional ou como governador do Banco de Portugal, o substituto "mais provável" seria o atual secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix.
“A solução interna é Ricardo Mourinho Félix e será uma situação de continuidade. No entanto, Costa [António Costa, primeiro-ministro] pode querer surpreender com uma solução fora da caixa” e, nesse caso, “num círculo muito restrito do PS” discute-se a hipótese de ser Fernando Medina a substituir Mário Centeno, disse Marques Mendes na SIC.
Hoje, Mourinho Félix desvalorizou a situação e recordou que essas possibilidades já foram faladas.
“Há dois meses, numa pergunta semelhante, respondi que estava disponível para continuar e para continuar nas funções que gosto de exercer”, adiantou o secretário de Estado, em Bruxelas.
Abrangido nas declarações de Marques Mendes foi o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
Também hoje, Fernando Medina considerou "um pouco bizarro" que o seu nome tenha sido apontado como possível substituto de Mário Centeno na pasta das Finanças, uma semana após a posse do Governo.
“Vejo-me a ser presidente da Câmara com imenso gosto, é o que gosto de fazer", sublinhou Fernando Medina no espaço de comentário que partilha com João Taborda da Gama na Rádio Renascença, depois de questionado se se veria como ministro das Finanças.
Medina chegou a reagir com humor à possibilidade aventada por Luís Marques Mendes.
“Julguei que eram meus amigos, não me podem desejar tal”, afirmou na Renascença, acrescentando: “O Governo tomou posse há cerca de uma semana e alguém lança um comentário dessa natureza e está tudo a discutir... Eu sorri, mas só isso”, disse.
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