Segundo divulgou hoje a autarquia, a “Revista da Memória Rural” será publicada uma vez por ano com conteúdos culturais da região “para dar dimensão regional ao projeto museológico” que tem vindo a ser desenvolvido em várias aldeias do concelho ribeirinho do Douro.
A apresentação pública da “Revista Memória Rural” será feita pelo professor catedrático da Universidade do Porto Gaspar Martins Pereira, na sede do Museu da Memória Rural, em Vilarinho da Castanheira, concelho de Carrazeda de Ansiães.
O Museu da Memória Rural, que impulsiona esta iniciativa editorial, é um projeto que tem vindo a ser construído por diversas aldeias do concelho de Carrazeda de Ansiães, caracterizando-se “como uma instituição local que visa responder às necessidades de dinamização cultural e preservação do espólio identitário de um território marcado pelos fortes problemas da interioridade”.
Constituído na atualidade por cinco núcleos museológicos dispersos por diferentes localidades do território do concelho, o Museu da Memória Rural “está a ser idealizado como um projeto pioneiro na região, assentando os seus pressupostos nos princípios de uma museologia social e coesiva que pretende o envolvimento e a participação da comunidade num processo dinâmico de valorização dos recursos culturais”.
É neste contexto genérico de valorização do património cultural e da memória histórica local e regional que agora surge a “Revista Memória Rural”, uma publicação impressa cuja primeira edição é totalmente suportada pela Câmara Municipal.
A publicação tem como principal intuito fortalecer o processo de comunicação do projeto museológico, tentando dar-lhe visibilidade e dinâmica regional e nacional.
No número de lançamento participaram 23 autores que escrevem ou publicam material gráfico e fotográfico sobre temáticas relativas ao património cultural da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Trata-se, segundo o presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, João Gonçalves, de “um novo desafio”, que espera que “se constitua como um espaço de publicação de artigos de grande interesse para o concelho e para a região”.
O autarca ambiciona que nesta revista “possam participar especialistas dedicados à pesquisa, interpretação e preservação do património cultural”, para preencher o que considera “um vazio editorial que pode ser constatado a nível regional” nesta área.
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