“O que está agora em jogo é o futuro do acordo New Start, que expira no início do próximo ano. Os aliados apoiam a extensão do New Start pelos Estados Unidos e pela Rússia e congratulo-me com os progressos realizados sobre esta questão nos últimos dias”, declarou Jens Stoltenberg.
Em conferência de imprensa a anteceder a reunião por videoconferência dos ministros de Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, sigla em inglês), na quinta e sexta-feira, o secretário-geral da organização, avisou: “Não devemos chegar a uma situação em que não tenhamos nenhum tratado que regule o número de armas nucleares”.
Jens Stoltenberg notou que um dos assuntos em cima da mesa dos ministros da Defesa da NATO será, então, “o desafio dos mísseis russos, que está a crescer em escala e complexidade”.
“Os aliados já acordaram um pacote equilibrado de medidas políticas e militares e estão em curso trabalhos para melhorar as nossas defesas aéreas e de mísseis”, adiantou.
O secretário-geral da organização frisou, ainda, que “os aliados da NATO continuam empenhados no controlo do armamento e no desarmamento”, destacando o “longo historial de desarmamento nuclear”, que permitiu a redução do número de armas nucleares da aliança transatlântica na Europa “em mais de 90% nos últimos 30 anos”.
Concluído em 2010, o tratado New Start expira no início de 2021 e as negociações sobre a sua renovação encontram-se num impasse há meses.
O acordo mantém os arsenais de ambos os países bem abaixo dos níveis da Guerra Fria, limitando o número de lançadores nucleares estratégicos a 700 e o número de ogivas nucleares a 1.550.
O desaparecimento do acordo, negociado na época dos Presidentes Barack Obama e Dmitry Medvedev, levanta preocupações do ressurgimento de uma corrida às armas e ainda de ver a relação entre os dois países degradar num setor altamente sensível.
Desde há meses que Washington e Moscovo têm negociado para tentar encontrar um compromisso comum.
A Rússia e os EUA, juntos, detêm mais de 90% das armas nucleares do mundo, de acordo com o mais recente relatório do Instituto Internacional de Investigação para a Paz, de Estocolmo.
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