“Uma reunião quadripartida que reunirá as autoridades egípcias, os seus homólogos americanos e cataris, na presença do chefe dos serviços de informação israelitas, terá lugar em Roma no domingo para chegar a um acordo sobre uma trégua em Gaza”, detalhou um “alto responsável” citado pela Al-Qahera News.
Cairo insiste “na necessidade de o acordo exigir um cessar-fogo imediato e garantir a entrada de ajuda humanitária em Gaza” e “garantir a liberdade de circulação dos cidadãos de Gaza e uma retirada [israelita] completa do ponto de passagem de Rafah” , na fronteira entre o Egito e o território palestiniano, segundo a mesma fonte.
O Egito, o Qatar e os Estados Unidos lideram há meses esforços para negociar uma trégua na guerra entre Israel e o Hamas, associada a uma troca de reféns detidos na Faixa de Gaza e de palestinianos detidos em prisões israelitas.
As discussões recentes centraram-se num quadro apresentado no final de maio pelo Presidente dos EUA Joe Biden que disse ser uma proposta israelita.
A reunião de domingo decorrerá numa altura em que as relações entre Israel e o Governo norte-americano estão sob tensão, com os EUA a pressionarem por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, devastada por mais de nove meses de guerra.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi recebido no Congresso norte-americano, em Washington, antes de se reunir com o Presidente Joe Biden e a vice-presidente, Kamala Harris.
A cada vez mais provável candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro deu o sinal, na quinta-feira, de uma possível mudança importante na política norte-americana em relação a Gaza, prometendo não permanecer ‘silenciosa’ perante o sofrimento dos civis e insistindo na necessidade de concluir um acordo de paz sem demora.
O atual conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita a 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em resposta, Israel desencadeou uma ofensiva em Gaza, que já provocou mais de 39 mil mortos, na maioria civis, e perto de 90 mil feridos, bem como um desastre humanitário, de acordo com as autoridades locais, controladas pelo Hamas.
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