Depois de ter votado antecipadamente, o líder do Partido Nacional ( centro-direita), Christopher Luxon, disse aos jornalistas, em Auckland, que não tenciona aliar-se ao partido nacionalista Nova Zelândia Primeiro, embora em “último recurso”, poderá telefonar ao líder, Winston Peters, para tentar chegar a um acordo.

“Não posso garantir que isso leve a algum lado porque, sejamos claros, o Nova Zelândia Primeiro não se junta ao [Partido] Nacional há 27 anos”, afirmou.

Entretanto, o primeiro-ministro da Nova Zelândia, o trabalhista Chris Hipkins, continua de licença após ter testado positivo para a covid-19, pelo que só vai participar na campanha eleitoral virtualmente.

Enquanto ministro da Saúde do anterior Governo de Jacinda Ardern, Hipkins liderou a estratégia anti-covid, aplaudida mundialmente e que incluiu o confinamento da população, com poucos casos, e o encerramento rigoroso das fronteiras.

No entanto, o Partido Trabalhista parte para as eleições enfraquecido, após seis anos no poder.

Uma sondagem da 1News Verian apontava, na semana passada, que o Partido Nacional é o vencedor das eleições com 36% dos votos, enquanto o Partido Trabalhista, no poder, obtém 26%, obrigando os dois a formar uma aliança para garantir a maioria dos 120 lugares no parlamento para governar.

Ainda segundo a sondagem, o Partido Verde, tradicional aliado dos trabalhistas, obtém 13% dos votos, enquanto o liberal ACT (sigla em inglês para associação de consumidores e contribuintes) totaliza 12% dos votos e o Nova Zelândia Primeiro 6%.

As próximas eleições na Nova Zelândia, país com quase 5,1 milhões de habitantes, são marcadas principalmente pelo impacto da alta inflação (6%) sobre o custo de vida, o acesso à habitação, a criminalidade, a crise climática e o protagonismo da China na política externa.