“(…) Ao mesmo tempo que a CEMG precisa criticamente de percorrer um caminho de mudança e reforma, deverá ter sempre presente a sua origem distinta e os valores que presidiram à sua fundação em 1844. E esse é certamente o maior desafio que hoje se nos coloca: sem prescindir desses valores, transformar a instituição bancária do Grupo Montepio num banco moderno, adequado às exigências diferenciadas dos diversos grupos de clientes”, lê-se na carta enviada por Carlos Tavares aos trabalhadores do banco, a que a Lusa teve acesso.
Para o responsável, será necessário a CEMG adaptar os “modelos de negócio com o recurso à inovação tecnológica” para “combinar o aumento da eficiência operacional com a preservação da relação personalizada com os clientes”.
Carlos Tavares diz que executará o seu mandato sob os “princípios da ética nos negócios, do primado do interesse dos clientes e da proteção das poupanças e capitais" que lhes são confiados.
Sobre o acionista, a Associação Mutualista Montepio Geral, o novo presidente diz que a CEMG tem “um dever de lealdade e cooperação com os acionistas, sem prejuízo da necessária autonomia de atuação”, e de lhe “proporcionar remuneração adequada”.
Para os trabalhadores, o ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que quer que a “CEMG seja um bom lugar para trabalhar, onde as pessoas se sintam bem e façam sentir bem" os seus clientes.
O também ex-ministro da Economia diz que ser presidente executivo da CEMG lhe dá a “oportunidade de cumprir o desejo de voltar ao campo profissional” onde começou e trabalhou anos.
Carlos Tavares sucedeu na CEMG a Félix Morgado, cujo mandato foi marcado por conflitos com o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia.
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