Segundo o organismo, nos próximos 14 meses o trânsito estará cortado entre a Alameda dos Pinheiros e a Calçada do Mirante à Ajuda, obrigando ao desvio de circulação e à criação de percursos alternativos para os transportes públicos.
Em causa estão as obras de requalificação que decorrem no Palácio Nacional da Ajuda, para terminar o edifício - incompleto há mais de 200 anos - e acomodar o futuro Museu do Tesouro Real.
O prazo de conclusão estava fixado para o primeiro trimestre de 2020, mas a ministra da Cultura, Graça Fonseca, disse na terça-feira em audição parlamentar que as obras estavam atrasadas.
Questionada pelo CDS-PP, a ministra garantiu que as obras não estavam paradas, mas havia atrasos, sem especificar se se mantém o prazo de conclusão ainda para 2020.
A construção do Palácio Nacional da Ajuda foi iniciada em 1795, sendo agora concluída com a requalificação da fachada poente do edifício, com um projeto do arquiteto João Carlos Santos.
É nessa ala poente que ficará instalado o Museu do Tesouro Real, anteriormente designado Exposição Permanente do Tesouro Real, com joias da coroa e tesouros da ourivesaria da Casa Real.
Com um orçamento de 21 milhões de euros, as obras são da responsabilidade da DGPC e da Associação de Turismo de Lisboa, entidade que suporta parte dos custos.
O espaço expositivo do museu será uma caixa forte com apertadas medidas de controlo e de segurança, porque serão mostrados 900 exemplares de joalharia real, 830 de joias do quotidiano, pratas utilitárias e decorativas, peças de ordens e condecorações, documentação e iconografia.
A expectativa é que o museu acolha 250 mil visitantes por ano.
Em 2018, numa visita ao estaleiro das obras, o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse que a requalificação do Palácio Nacional da Ajuda e a integração do Museu do Tesouro Real fazem parte de uma estratégia de valorização de espaços culturais na zona, nomeadamente o Museu Nacional de Etnologia, o Museu Nacional dos Coches, o Padrão dos Descobrimentos, o Jardim Botânico Tropical e o futuro Pavilhão Azul, com a coleção particular de arte de Julião Sarmento.
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