Após a segunda reunião com a equipa das Finanças sobre as medidas que irão constar no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) para a administração pública, o dirigente da FESAP José Abraão disse não estar “otimista nem pessimista, mas realista”.
“Sentimos a preocupação […] de que o Governo quer chegar a todos os trabalhadores”, afirmou, contando que “de uma vez por todas o Governo terá assumido a não confusão” entre aquilo que é o aumento da massa salarial em 2019, decorrente do descongelamento de carreiras com a atualização das remunerações.
“Ficamos pelo menos com a ideia de que o Governo não tem nada fechado no que diz respeito a propostas”, afirmou o dirigente sindical, sublinhando que esta postura “alimenta a expectativa” dos trabalhadores do Estado quanto a aumentos salariais.
José Abraão disse ainda que na reunião os membros do Executivo sinalizaram que pretendem acabar com o artigo 18.º do OE2018 “onde está um conjunto vasto de medidas que são constrangimentos para os trabalhadores da administração pública e substituir por um conjunto de outras medidas”.
Porém, deverão manter-se alguns constrangimentos, nomeadamente ao nível da “admissão de trabalhadores e autorizações para abertura de concursos”, disse acrescentando porém que por enquanto trata-se apenas de ideias e “nada em concreto”.
O dirigente da FESAP considerou que “há necessidade de fazer levantamento das necessidades permanentes dos serviços” na admissão de trabalhadores e que “não basta ao primeiro-ministro dizer que vão admitir mil técnicos em 2019”.
Segundo o sindicalista, a próxima reunião sobre o OE2019 deverá ocorrer na primeira semana de outubro.
A FESAP reclama aumentos salariais de 3,5% no próximo ano.
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