Segundo o Ministério da Saúde, a missão, que vai decorrer até 21 de junho, será liderada por técnicos da OMS de Genebra e do Escritório Regional, que vão apoiar o país na preparação para certificação da eliminação do paludismo (ou malária).
Os técnicos vão ainda avaliar o nível de preparação do país rumo a esse objetivo, designadamente rever o progresso da implementação das recomendações das missões anteriores, relacionados com o sistema de vigilância e resposta, registo de dados, controlo de qualidade do diagnóstico do paludismo e vigilância entomológica.
Durante a sua estada no país, a equipa da OMS, manterá encontros com várias autoridades, intuições, estruturas de saúde como hospitais centrais e regionais, delegacias e centros de saúde, laboratórios públicos e privados nas ilhas de Santiago, Sal e São Vicente.
Os trabalhos iniciam hoje com um encontro na Praia com o secretário de Estado Adjunto da Ministra da Saúde, Evandro Monteiro e com a diretora Nacional da Saúde, Ângela Gomes.
Na sexta-feira, durante uma visita a vários bairros da Praia conhecidos por terem focos de mosquitos, a Ministra da Saúde cabo verdiana, Filomena Gonçalves, apelou o país a “falar a uma só voz” no processo de certificação.
“Temos que juntar as nossas forças, estarmos juntos, mas precisamos é alargar este esforço, precisamos estar a falar a uma só voz rumo a esta certificação”, apelou a governante, dizendo que é um processo “muito longo e desafiante”, mas que, ao conseguir, o país estará a dar “um passo gigantesco”.
Há cinco anos que Cabo Verde não regista transmissão local de paludismo e no ano passado registou 21 casos importados, esperando, por isso, obter ainda este ano o certificado da OMS de país livre da doença.
O país tem um Programa Nacional de Luta Contra o paludismo e um plano estratégico, para reforçar o controlo vetorial (luta antilarvar, campanhas de pulverização, medidas e gestão ambiental) a vigilância epidemiológica (deteção, investigação e notificação obrigatória dos casos), assistência aos pacientes (diagnóstico e tratamento) e comunicação e mobilização social.
Segundo a OMS, em 2021 foram registados cerca de 247 milhões de novos casos de malária, em comparação com os 245 milhões em 2020, e 95% dos casos e 96% das mortes ocorreram na região africana.
De acordo com o último relatório mundial sobre a malária, publicado em dezembro de 2022, o paludismo matou cerca de 619.000 pessoas em 2021, em comparação com 625.000 em 2020.
A malária, uma doença curável, é transmitida entre humanos através da picada de um mosquito infetado, sendo uma das principais causas de morte a nível global.
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